A Cidade de Inhambane é a segunda mais antiga do país e constitui um
mosaico histórico-cultural. Nela misturam-se as influências da velha Europa, da
Índia, da Arábia com a cultura africana. A sua localização e arquitectura
reflectem até hoje as diferentes influências da sua história agitada.
No Sec. XI o seu
porto já era usado pelos árabes. Os portugueses estabeleceram-se no Sec. XVI
durante 200 anos onde Inhambane foi um importante centro de venda de Marfim e,
posteriormente de escravos através do seu porto. A presença de outros povos,
portugueses, asiáticos e árabes nesta cidade deixou diversas marcas que até
hoje estão presentes e fazem parte da história da mesma. Estes povos
influenciaram com seus hábitos, costumes, história, religião e outras, visíveis
em edifícios, monumentos, aspecto paisagístico da cidade, arquitectura etc.
Barcos a Vela na Baia de Inhambane |
Estes aspectos, juntados com sua gastronomia, danças tradicionais, produções de artesanato e a nova produção cultural que formam o património histórico-cultural da Cidade confere a “terra de boa gente” um potencial turístico cultural variado.
Tal facto é
fundamentado por Bruschi et al (2003:111) ao afirmar que Inhambane constitui
uma Cidade com um património físico e histórico que transporta uma memória colectiva
sócio-cultural ao longo do tempo e durante mais de três séculos, em que a comunidade
constituiu ao longo desse tempo a sua identidade urbana, ligando-se a uma
memória colectiva dos lugares, edifícios e das pessoas. O mesmo autor
acrescenta ainda que as profissões, os hábitos e as recordações familiares e
sociais têm origem num passado remoto e são testemunhos vivos da vida de uma
certa época.
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